Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

segunda-feira, junho 19, 2006

Micos e acertos de feriadão

Na última quinta tentei chegar a tempo para a sessão das 18h do Código da Vinci no Belas Artes (muito bom, mas não faço críticas para longas que não precisam de empurrãozinho para levar milhões aos cinemas) e passei uma boa parte do caminho tentando entender pq raios a Paulista estava interditada em pleno Corpus Christi, sendo que nem cemitério essa avenida tem. Só lá na Consolação me toquei que o mar de cavaletes pelo caminho era pra marcha para Jesus - irônico não, ia ver um filme polêmico sobre a vida do Hômi!
A primeira saia justa do feriado prolongado foi na volta, quando eu e a minha parceira de programinhas micos ou não paramos no Espeto de Bambu atraídas pela música mas só nos tocamos que era point GLS quando a garçonete trouxe as porções de pão de alho e queijo coalho e sugeriu que eu desse na boca dela. Como é bom ser mulher, não ter que afirmar minha feminilidade e rir disso ao invés de se indignar como os hômi que conheço!
No dia seguinte estudei ou tentei. Li duas apostilas, mas se guardei tudo o que precisava, só o tempo e as notas dirão... Estou sublimando a teimosia da minha burrice no técnico de shiatsu... À noite finalmente consegui ver o show do Teatro Mágico no Sesc Santo André - uma dessas apresentações em que como diz minha prima, a gente sai meio revirado do avesso, se perguntando porque a maior parte da nossa existência não é livre, leve e solta como a dos artistas. Como eles combinam poesia, teatro, música e circo! A que se pendura no tecido me deu uma saudade doída das aulas dessa modalidade que comecei mas não consegui continuar e lembrava a Emília/ Sítio do Pica Pau Amarelo, mas os hômi são tão bons que merecem um texto posterior, todo dedicado a eles...
Sábado foi dia de parada gay! Aliás foi por causa de uma delas que esse blog começou, mais de um ano parabéns! Dessa vez não andei do começo da Paulista até a Consolação pois meu amigo que me introduziu nesse mundinho está aboxonado demais para isso. Aliás nessas horas sempre penso em todos que conheço que abrem mão de tudo e todos por alguém, mas que quando cobram uma entrega à altura se vêem sem retorno proporcional e sozinhos além da conta - só que não é culpa do que reebeu a entrega desmedida que o outro tenha paralisado sua vida esperando que a felicidade venha de fora, seja lá de quem for. Não é surreal ter ciúme do cachorro e da mãe? Essas são as historinhas do gênero mais engraçadas que já ouvi desde que me conheço por gente... Consegui uma façanha na parada - combinei e me encontrei com a irmã de uma amiga de infância. De lá fomos pra casa da colega dela - tão fófis que me deu uma vontade de montar uma com a MINHA cara. Não tenho mais nada a ver com a mulher que montou esse apê, deve ser por isso que não páro nele... Mas sempre quis liberdade e vou querer cada vez mais. Não me pergunte pq sou tão livre, não dá pra ser de outra maneira... Bem, mais tarde conheci um barzinho que eu namorava há tempos na Aclimação - pena que foi pra consolar outra amiga - estou meditando por você fófis!
Domingo voltei a ter vontade de torcer pelo Brasil e me encontrei com a sanga - os amigos espirituais do centro - pra ver o jogo em Pinheiros. Porque o racional acha uma coisa, o corpo outro e a alma uma terceira? É uma incongruência viver em sociedade com ambos, bendito texto redentor do Terça Insana. Assisti o programa Super Nanny porque não dava pra escrever sobre ele sem conhecê-lo... Aliás continuo aceitando contribuições de psicólogos, pedagogos e educadores! Me esqueci completamente do niver de uma amiga irmã e fui me redimir comprando uma lembrancinha no shopping e comendo feito o Bussunda na festa dela. Aliás, como assim o hômi morreu? Meu amigo ator tem razão, Deus que me perdôe, mas essa morte virou uma piada. O que será do humor brasileiro sem a pança porta chopps - à moda dos paulistas? Ó Deus, meu humor negro está quase de luto...