Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Sutis e marcantes melhoras

Há quatro semanas estou meditando no círculo que trabalha com o estilo do Osho na Vila Madalena. Tão pouco tempo - nem fiz test drive de todas as técnicas ainda - mas ainda assim parece um tempão, a julgar pelos efeitos positivos que só podem vir de lá, já que não estou tocando mais nenhuma atividade de auto conhecimento ou ligada à espiritualidade.
Pra começo de conversa, não faço idéia de onde foi parar minha culpa - e demorei para percerber o quanto me entubavam isso mais traumas, conbranças, pressões etc etc. Parece que tiraram com a mão, como a saudade que tinha de reportagem há um bom tempo atrás e evaporou. Aqui, crédito para a única amiga mais moderninha que eu, rainha dos furos, mas que sentencia com propriedade: "pode ser leve e divertido, sempre". Assino embaixo.
Talvez por conta disso, mais terapia e aulas de yoga há cinco anos, bloqueios que desenvolvi há dois anos e meio começaram a destravar, tão incosncientemente quanto começaram. Dois divisores de águas recentes importantes nesta empreitada: um que mostrou que estou viva, com tudo o que fazia falta intacto e latente e o outro, que biologicamente ainda respondo a contento. Coincidência ou não, dividem a mesma profissão, na área de bem estar. Será que ainda chego lá? Penso em manter as paixonites do teatro, yoga, meditação e massagem como hobby, para que não se contaminem pelas obrigações, necessidades e sobrevivência, mas a chefa - quem diria - diz para pensar seriamente em viver disso. Mas este é assunto para outro post... Ou para nicks de MSN que geram polêmica: "o corpo é prisioneiro, mas a mente é livre".
Outro indício de mudança bem vinda é que pela primeira vez lido com as coisas e as pessoas sem esperar nada em troca, sem romantizar, idealizar ou sonhar demais com o retorno. E aí - bingo - o que vier é lucro! Até mesmo mudar de profissão deixou de ser aquela urgência devastadora - e olhe que há pouco mais de 4 meses atrás, antes de me encantar com o jornalismo outra vez, achava que sem esta troca ia morrer. Neste insight, mas um nick pouco compreendido no programa de mensagem instantânea: "o que temos de melhor ninguém rouba".
A jornada de auto conhecimento espiritual que nunca mais quero parar já faz com que não deixe mais que os momentos felizes passarem desapercebido e recupere a capacidade infantil se encantar: fico maravilhada com flores, árvores, cachoeiras, mar, balanço de parque infantil, criança de amiga no colo na garoa ou por dançar com desconhecido, sentir a música de olhos fechados, fazer invertida na yoga, domar o corpo um pouco mais no pilates, chorar num filme, rir numa peça, encher o coração num texto ou livro, massagear o pé alheio enfim, tenho me deleitado com os instantes fugazes de felicidade, celebrado a vida, procurado me manter em comunhão com ela, tão sensacional que é e demorei para perceber. Por essas e outras, concordo com Osho quando dizia que "desejo, imaginação e memória trazem infelicidade" - o primeiro por ser impossível saciar todos que surgem, o segundo sempre torna o que é sonhado melhor no devaneio do que quando acontece e o último por nos faz sofrer saudade do que não volta. Cada vez mais tenho procurado não esquecer que o presente não tem este nome à toa e pedido para não perder de vista o eterno milagre da vida.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Fran, adorei o post.
Esse tal de Osho eh milagroso? se tivesse em SP ja ia contigo na proxima sessao de meditacao.
Beijo grande!

9:47 PM

 
Anonymous Anônimo said...

Eh a Vania. nao sou anonima.

9:47 PM

 

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