Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

sábado, maio 28, 2005

Gourmet Descontrol II

Sou viciada em queijo. Acho que é como sexo, até quando é ruim é bom. Sou como os mineiros, pois quando perguntam se gosto de homem digo que sim, mas de queijo, "vixe"! Devo ter mesmo dependência química pois quando minha iguaria favorita acaba e o mineiro que abastece a região demora a voltar, tenho síndrome de abstinência. Há outras paixões, como pizza, penne quatro queijos, sorvete, culinária japonesa e indiana... Pronto acabou. Comecei confessando o que gosto, para confessar q na maioria das vezes, não gosto de comer. É apenas uma necessidade. Para mim não está entre as melhores coisas da vida, ao lado de dormir, como acham meus amigos e familiares fãs de chácara no meio do mato. E depois não entendem quando digo que para comer e dormir fico em casa! Só topo ir para o fim do mundo quando fazemos caminhadas, vamos ao encontro de cachoeiras, rios e grutas. Qual é a graça de ir para uma fazenda, chácara ou sítio quando a gente se satisfaz com um pedaço de churrasco no meio do pão com alho ou se foge do sol para não arder, descascar ou ter câncer de pele? Bem, voltando à cozinha, não posso culpar a mamma por não amar comer: reconheço que fez o inimaginável para que comesse de tudo! Mas sei lá, se não for as paixões citadas acima, tenho até preguiça de parar o q faço p/ comer. E minha fome colabora: quando não atendo no momento em que o estômago ronca, volta em seis horas ou mais! Não, não sou anoréxica ou bulímica, até pq definitivamente não me acho magra... Meu metabolismo é ligado no 220 V: energia caiu, queimou! Por essas e outras acho tão fácil controlar a boca... Cozinhar p/ mim é como estacionar: acho lindo quem consegue e gosta, mas por favor me deixem passar dessa reencarnação sem ter que aprender isso... Amaria ter $ suficiente para sempre q a fome batesse comer fora uma das paixões já confessadas. Enquanto tenho que preparar, corro para a casa da mamma, no prédio vizinho e encaro o q tiver lá, por pura necessidade! Sou do tipo q adotaria uma ração como a dos cães e gatos, para facilitar a vida e comer menos bobagens. Cozinhar parece teatro: horas de trabalho para a curtição acabar tão rápido. Por essas e outras, concordo com meu terapeuta: como é que a medicina se presta à patologia, cortando parte do estômago de quem não consegue controlar a própria boca? Acho que é como cortar os dedos de quem não pára de fumar! Uma mutilação. Conheço quem fez e ainda pensa e como como gordo, pq vive com dores... Mudar a cabeça é tudo! De novo, os budistas têm razão. E que saudade do penne quatro queijos da Tratoria, Dio santo!