Pequenas Alegrias da Vida
Esses dias estava relendo os cartões que ganhei no casamento e entre tantos clichês (também já escrevi muitos!), li o mais sábio deles: "É importante descobrir a felicidade na tranqüila passagem dos dias e viver o cotidiano agradecendo as coisas naturais. A felicidade está oculta na vida cotidiana. Ela é uma jóia espiritual e podemos encontrá-la, com certeza ao observarmos atentamente ao nosso redor. Recrie tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e plantas, roseiras e faz doces. Recomeça" Como isso é verdadeiro! Também tem a ver com aquela frase típica de livro de recordações: "a felicidade está dentro de você mesmo", que só começou a fazer sentido quando comecei a meditar e encontrar estados mentais abençoados, serenos, plenos EM MIM! A felicidade nunca estará no trabalho, nem no que temos, nem no que sonhamos. É impossível associar felicidade a obrigações, necessidades, sobrevivência típicas de qualquer emprego... Por essas e outras sou e fui tão feliz como professora de redação voluntária, ensinando TV comunitária para jovens carentes, incentivando leitura de crianças... Nesse ponto, os espíritas tem razão: fora da caridade não há salvação. E nem realização! Agora que comprei uma filmadora, fazer videorreportagens sobre projetos culturais que revolucionam comunidades carentes virou outra fonte de felicidade. Essa semana finalmente fiz minha estréia: filmei e entrevistei os envolvidos no mosaico de sol pela paz, parceria entre ONGs e uma escola municipal paulistana. Ainda não tenho todos os acessórios que preciso, meu computador trava fazendo o básico, que dirá editando, o sonhado upgrade só virá quando voltar ao batente, mas já fiquei tão feliz de registrar como o trabalho comunitário forte que há próximo à maior favela de Sampa! A felicidade não pode ser o marido ou namorado que temos ou sonhamos, começa em nós mesmos, em ter capacidade de rir das dificuldades, em ficar bem consigo mesma. Ninguém pode te dar o que ainda não encontrou tão próximo e ao mesmo tempo tão longe: em nós mesmos!. Ainda estou aprendendo pq infelizmente há 3 dias estou chateada com o retorno que não tive de uma entrevista que amei. Mas graças a Deus ou a Buda, ou ambos, não deixo mais que momentos fugazes de felicidade escapem. A reunião de amigos sem grana para botecos, bancar o cupido e saber que há um começo promissor entre duas pessoas maravilhosas, concentrar-se nas braçadas durante a natação, virar do avesso na yoga e ao fim sentir um cansaço tão bom quanto o do sexo, descobrir que esporte não precisa ser tortura chinesa, ver uma peça que te toca tanto q tempos depois ainda dá gosto de falar ou lembrar, ver um filme que te faz descobrir incríveis coisas novas, ler histórias que poderiam ser romances se não fossem reais, cantar sem se importar em não ser profissional, dançar como se ninguém estivesse vendo, ajudar alguém sem esperar retorno, se colocar no lugar do outro, caminhar à beira do mar ou no meio da natureza, ficar abraçadinha ao cachorro, chegar às estrelas ao lado da pessoa amada, dizer a quem se ama como são importantes, enxergar o que achava serem problemas por uma outra visão imparcial, dar toda a corda possível a uma criança ou idoso que te conte novas e fascinantes histórias, esperança que enche a alma... Demorou, mas finalmente descobri que felicidade não tem nada a ver com o trabalho! É muito, muito mais sublime que isso. Tem sim, um pouco a ver com o companheiro(a). Mas depende em sua maior parte de nós mesmos. Raramente deixo transparecer, mas sou uma pessoa de fé. Revoltada, contestadora... Cuja fé vai e volta. Mas está sempre ali. Basta buscar com afinco!
1 Comments:
Fran,
Você é uma das pequenas alegrias da minha vida!! Não desanime, nâo amiga. Isso é só o começo...
Bjs
9:10 PM
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