Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

terça-feira, novembro 15, 2005

Os Artistas Morrem de Terno e Gravata!

Os artistas morrem quando têm que bater cartão. / Os artistas morrem com a rotina. / Os artistas morrem quando precisam enfrentar o morno./ Os artistas morrem com o mais ou menos./ Os artistas morrem quando não conseguem mais sonhar./ Os artistas morrem quando se frustram repetidas vezes./ Os artistas morrem quando as obrigações, necessidades e sobrevivência os afogam./ Os artistas morrem quando sentem que se tornaram repetitivos./ Os artistas morrem quando não conseguem mais se reinventar./ Os artistas morrem quando a paixão se torna memória./ Os artistas morrem quando não têm como liberar serotonina no corpo periodicamente./ Os artistas morrem quando se afastam da cultura redentora./ Os artistas morrem quando não podem se doar como querem./ Os artistas morrem quando deixam de olhar para si mesmos./ Os artistas morrem quando não dão mais cambalhotas./ Os artistas morrem quando se fantasiam de executivos./ Mas como Fênix eles sabem renascer das cinzas./ Quando permitem que a inspiração tome conta, /que a serotonina e a adrenalina virem vícios saudáveis, /quando se esquecem para viver outros, / quando vão ajudar e são ajudados, / quando mergulham em suas sensações e determinações,/ quando viram a mesa e o jogo, ainda que aos 45 minutos do segundo tempo, / ainda que numa velocidade menor que sua alma frenética, / quando descobrem novos sonhos e abandonam a carcaça dos antigos defuntos a que se agarravam... Françaine!