Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

quarta-feira, dezembro 14, 2005

A dor que já não dói

Quando voltei para assessoria de imprensa, depois de formada, há dois anos e meio atrás, por mais que me encantasse descobrir o lado desafiante e divertido da coisa, que nem me deixaram passar perto nos estágios, sentia tanta saudade de reportagem, que era de tirar o sono, a fome, o senso, uma dor lancinante sem corte. Parecia que nunca ia passar, me perseguiria até a aposentadoria. Se me falassem que não poderia mais voltar às entrevistas, acho que me jogava da ponte, pois a idéia era insuportável. Era uma espécie de amor bandido.
Atualmente digo que Deus levou esse incômodo embora, com a Mão. Ainda parece mais atraente não ficar só atrás do computador, trabalhar na rua, sem rotina, aprendendo a cada entrevista. É como se as paixões da massagem, da yoga e da acupuntura, despertadas há alguns anos, estivessem em gestação e de repente fizeram "nascer" futuras novas profissões, que se Deus quiser me permitirão horários mais flexíveis, clientes próprios e auxílio ao próximo efetivos a médio prazo. Nesse projeto entram também filhos, que ganharão uma mãe mais zen e menos ansiosa. Não é uma desistência da profissão paixão de infância: ela tinha mais a ver comigo enquanto foi idealizada, romantizada e sonhada. quando conheci como era na prática do dia-a-dia, brochei e não sei onde foi parar a paixão, o tesão e a dor que já não dói da falta da reportagem...