Genuinamente brasileira
Quando fui para os Estados Unidos, ficava P da vida quando os gringos duvidavam que fosse brasileira, cumprimentando eu e minha tia branquelas com “bonjour”! Onde já se viu não saber que o Brasil não é feito apenas de negros e índios? Não perdoava aquela ignorância americana de quem só conhece o próprio umbigo.
Mas quando fui para o Rio de Janeiro e a Bahia e ouvi os baianos e cariocas tentando adivinhar minha nacionalidade por eliminação:
- Bomjour! Good Moorning! – e mais todas as línguas que pudessem arranhar, perdooei a ignorância dos gringos: nem os brazucas acreditam que sou daqui!
E pensar que meu avô, que era apaixonado por árvore genealógica e descobriu os nomes e origens até os tatatatatatatatataravôs, não encontrou um gringo. Essa é uma família autenticamente brazuca. Ou como dizia ele, só tem caboclo e capiau! Para você ver como cor de pele não quer dizer nada. Lógico que com essa bocona e cabelinho que não é ruim por um triz, devo ter um pezinho na cozinha... Não, isso a árvore genealógica não diz...
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