Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

sexta-feira, maio 26, 2006

Terapia do Amor

Quando minha mãe chamou para ver esse filme, fiz a coitada ver Irmã Vap, de tanto que queria matar a vontade por ter perdido a peça. Mas nunca é a mesma coisa e ultimamente a onda de se filmar peças está numa maré alta... Trair e Coçar é Só Começar, Caixa 2... Mas voltemos ao que parecia uma comédia romântica mas se mostrou um filme nada clichê. Pouco tempo depois de fugir do Terapia do Amor, por medo do efeito contrário, numa quinta-feira voltando com amigos para casa (o famoso Expresso Santa Cruz), todos decidiram ver o bendito filme. Achei melhor encarar o longa com eles do que voltar sozinha para casa. Mas estava há dias num clima melancólico de frustração, culpa, decepção...

Uma das colegas que foi ao Shopping Metrô Santa Cruz odiou, esperava uma comédia romântica, reclamava que a Uma Thurman (tão feia que fica até engraçadinha de vez em quando e isso não é um comentário invejoso) não era engraçada, que seria melhor a Jenier Aniston no mesmo papel... Mas não achei que era para fazer rir, muito pelo contrário, o típico filme que toma rumo não óbvio – muito mais a minha cara!

A Meryl Streep, como a terapeuta Dra. Lisa Metzer, está – como não podia deixar de ser – sensacional. A Uma faz o personagem de Rafi, que está separando de um relacionamento de 9 anos e ouve dessa terapeuta alguns conselhos nada excepcionais, mas sempre vale a pena reforçar:

- Nove anos não se esquece do dia para noite!

Ou então:

- Você está renascendo para muitas coisas que julgava não serem mais possíveis!

Mais tarde a doutora também põe o filho no divã, aliás, namorado de Rafi, a saia justa e discussão ética mais divertida que conferi ultimamente:

- Você pode amar, aprender e seguir adiante sozinho!

O final não é previsível. Vale a pena pois apesar de ser filme americano (desculpe pelo pré-conceito), eles não estão salvando o mundo e nem extrapolado em demonstrar como são os bam bam bãs nos efeitos especiais. O que diverte não “força a amizade” como as comédias água com açúcar com ar de sitcom e suas risadas gravadas. É praticamente uma terapia fast food, com uma história verossímel – um prato cheio pra jornalista viciado em realidade (biografias, documentários)...