Pára o Mundo Que eu Quero Descer
Agora foi! Já subi no bonde e comecei minha mais ambiciosa incursão no universo acadêmico: o técnico de shiatsu e acupuntura que comecei no CBA, na Liberdade. Achei que só a localização da escola já era um bom indício. O único problema é que são dois anos e meio e o técnico mais longo que fiz depois de terminar a Metô foram seis meses. Mas Buda há de ajudar!
Ainda enfrento outro agravante: fiquei mal acostumada com o curso de jornalismo, em que nunca se mata de estudar para nada, mas fazemos trabalhos em grupo até brigarmos com a sala inteira e terminar a facu dando graças a Deus. Conclusão: tive uma overdose de anatomia no fim de semana retrasado e tive MEDA de não decorar todos os músculos, tendões, órgãos e afins! Deviam dar um pau em quem inventou de dividir os ossos das mãos e os pés em zilhares de nomes. Mas já chequei com amigas professorade educação física, bióloga e veterinária e sim, é humanamente possível decorar isso tudo – ainda não sei como e isso me angustia um pouco...
Outro problema de se aventurar pela área da saúde é que nos identificamos com todos os sintomas e sentimos que temos que nos internar amanhã, direto para a UTI. Medicina tradicional chinesa é ainda mais fascinante do que pensava! Mas terminei achando que sou super hiper mega bláster yang – traduzindo: uma concentração aparentemente acima do saudável de calor, movimento, agitação, fala, dia, sol, sono leve, ansiedade... Mas um professor já me consolou dizendo que sou pálida demais para ter yang em excesso e que os casos tipicos são corados além da conta. Alívio... Mas como não sosseguei totalmente, amanhã passarei no ambulatório de acupuntura, para dar uma geral... Quando comecei a fazer em 2004, no auge das cobranças e pressões de uma assessoria americana e sempre às sextas, ficava calma logo após me espetarem. Se funcionou comigo, funciona com qualquer um! Espero levar esse bem estar a mais pessoas – mas a prática só daqui a um ano. Como típica sagitariana, não vejo a hora!
E pra não perder meu péssimo costume, continuo me comparando mais do que devia – com o quanto os outros alunos estão boiando menos. Já entendi como se forma a energia vital, o qi e como se dispõem os cinco elementos (fogo, terra... ) – mas a relação deles com os órgãos, as cores, os sabores, as estações do ano etc e a lógica dos desequilíbrios Frio/ Calor Cheio, Frio/ Calor Falso permanecem uma incógnita. As fichas estão caindo aos poucos, eu sei, mas quem me conhece sabe como me cobro e quero absorver o máximo possível o quanto antes – mas se não entendo não decoro, o que posso fazer? O que sinto é que minha nova praia é interessantíssima! Hoje até expliquei a operação de troca de sexo às minhas colegas de trabalho graças aos professores tudo de bom que tenho – não, isso não tem nada a ver com “medicina alternativa”, mas aí já é outra história...
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