Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

domingo, janeiro 29, 2006

Sempre é tempo de mudar nossa energia

Percebo que já estou cortando o cordão umbilical com a profissão que romatizei, idealizei e sonhei desde a infância. Quando era nova, viajava com meus pais e ao passar pelo antigo prédio da Abril na Marginal, dizia que ia trabalhar lá quando crescesse. Bem, cresci e nunca pude fazer os cursos "trabalhar de graça para nós por um tempo razoável é um investimento na carreira que poderá render uma vaga aqui no futuro" das empresas que incluem o nome que trarão ao currículo como parte do pagamento. Mas isso não vem ao caso. Estou "desmamando" da minha profissão, pois há pouco mais de uma semana fui ao happy hour que uma colega da área promoveu em sua casa e passei a noite conversando com a vizinha massoterapeuta. Aliás, bendita conversa, me ajudou na prova de bolsa ao técnico de shiatsu e acupuntura! Que astral bacana dela! Em outro reencontro de coleguinhas, confirmei o que minha amiga que voltou para Londres afirmou sobre a área: "não tem um que diga que está feliz, que gosta do faz". A maioria dos que conheço quando se encontra entra numa competição de quem tem o pior salário, o pior chefe, as piores condições de trabalho... Pode não ser assim entre a meia dúzia de Glória Maria que tem por aí, mas entre os pobres mortais, que ficaram à margem dos salários e trabalhos de sonho... Não estranhei esse espírito... digamos crítico do jornalista pois meu pai sempre reclamou e xingou além da conta e como brinco que não tinha nada para me passar geneticamente que não fosse defeitos, sempre fui irônica, debochada, exagerada e rebelde. Mas há quem me classifique de reclamona pois raramente mudo o tom de voz para brincar, então freqüentemente sou mal interpretada. Sei que de repente me desidentifiquei tanto com o jeito ariano do meu pai de ser, que estoura à toa, xinga e roda a baiana a troco de banana e com a prosa chororô da maior parte dos meus colegas de área "nós jornalistas, esses incompreendidos"... Estranhamente, de repente não tenho mais nada a ver com esse clima... Antes tarde do nunca, sempre é tempo de mudar se sintonia e energia! Meu técnico de shiatsu e acupuntura e o curso do livro budista Caminho Alegre da Boa Fortuna (sobre os passos à iluminação) são apenas o início da minha viagem de auto conhecimento, que espero não acabar nunca!