Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

sexta-feira, junho 17, 2005

Mulher às Avessas

Definitivamente não sou uma mulher típica. Devo ter criado por minha conta o programa Vaidade Zero. Sou uma das poucas adeptas do sexo feminino. Quando estou no meio da rua a caminho de um evento importante, me lembro que um batom cai bem, tira a palidez do bronzeado Branca de Neve e passo correndo. Uma vez na vida e outra na morte me maquio pra valer e daí é engraçado pq causo furor. Imagino que minha amigas que vivem bonitas, aprumadas e arrumadas nunca ouvem: "ficou muito bom! Devia se produzir mais!". Um pouco é por descuido meu mesmo, mas também existe uma incapacidade das pessoas que usam óculos e não podem substituir o dito cujo por uma lente. Com o óculos é uma missão impossível passar rímel e afins pela barreira física que ele impõe e quando a gente tira, o olho se torna uma pintura de Monet, o que impede qualquer um de delinear essa parte do rosto. Não gosto de jóias. Insisto para não me darem quando sugerem de presente, pq perco mesmo. Mas adoro uma bijuteria! O problema é que sempre tiro para dormir e esqueço de por de novo. Então vivo meio cara lavada demais mesmo. Os meus perfumes duram séculos e espantam as colegas que "bebem frascos" desses cheirinhos irresistíveis rapidamente. Tomei bronca de uma amiga capaz de se maquiar numa lotação que pula feito boi de rodeio por deixar meu batom acabar para comprar outro. Compro bons shampus e condicionadores, até pq não tenho um cabelo natureba, mas deve fazer décadas que não faço um banho de creme. Passo uns hidratantes razoáveis, de supermercado, nada de Lâncome, mas esses também duram muito... O máximo de cuidado que tomo comigo é o protetor solar de manipulação, que nessa altura do campeonato já tem anti idade. Isso por ter assumido meu bronze escritório que dá menos trabalho. Nessa semana me diverti pq comprei umas unhas postiças para parar de roer as originais, seguindo conselho de uma tia quase perua. Depois que colei a dita cuja, me senti uma inválida! Tarefas prosaicas como digitar, tirar a calcinha do fiofó, tomar um danone, trocar de roupa, encontrar bugingangas na bolsa, preparar uma comida qualquer, ler um livro se tornaram impossíveis. Como tem gente que mantém um visual de Zé do Caixão e toca a vida trivial normalmente? Dei graças a Deus quando elas caíram durante a noite. E ao final dessa semana já contabilizo duas unhas a mais roídas. Será que nunca realizarei meu sonho de pintar as tais unhas francesas?

2 Comments:

Blogger Gabriel Toueg said...

Oi, Fran! Adorei!!! Que bom ser uma pessoa autentica, ne?! Vou vir sempre aqui. Nem sabia que voce tem blog!! Mil beijos.

9:57 AM

 
Blogger Carol Mendonça said...

Oi Fran
Como sempre, milhares de risos com o seu texto, mas só na nossa família que as tias são mil vezes mais piruas que as sobrinhas, rs..

12:16 AM

 

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