Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

quarta-feira, julho 06, 2005

Atriz, terapeuta natural ou mestre de comunicação e professora?

O rumo da minha vida profissional nunca esteve tão confuso. Apesar de ser jornalista e trabalhar como assessora de imprensa estou naquela fase em que "não sei se caso ou compro uma bicicleta". Não sei se volto a estudar teatro, dessa vez para tirar o DRT de atriz, pq já que não consegui trabalhar nas áreas de vídeo, rádio e TV que tanto estudei, me tornei uma colecionadora compulsiva de DRTs. Estou na mesma sinuca de bico em que me encontrei com meu namorido quando começamos a pesquisar apartamentos: quando passávamos na burocracia do financiamento, não conseguíamos pagar a prestação, se conseguíamos pagar a prestação, não passávamos na burocracia do financiamento. Pois bem, em relação ao teatro, quando consigo pagar a mensalidade, não consigo chegar na hora em que as aulas começam, se o horário é flexível, os preços são impraticáveis. Afinal, não é um curso como o jornalismo, em que sempre chegamos atrasados mas convencemos o professor de que não conseguimos sair na hora das redações e assessorias. É uma pena que só tenha descoberto o teatro quando o jornalismo já me sustentava, o que impediu a troca de um pelo outro... E ainda por cima admito que como atriz sou uma ótima jornalista: nas minhas últimas apresentações feitas em oficinas livres, quando tomei essa consciência, tinha meia dúzia de falas em cena e páginas e mais páginas de textos meus.
Outra paixão, essa mais recente, é fazer um curso técnico ou livre de naturopatia. Quando me decepcionava mil vezes ao dia com a profissão e pensava que tinha que ter uma atividade mais humana, logo imaginava que seria uma boa médica ou enfermeira de tanto que adorava genética e anatomia. Mas se a apendicite serviu para alguma coisa, foi para mostrar que não poderia atuar na área da saúde: teria dó de aplicar injeções, furar veias para por o soro e provavelmente choraria junto com a dor do paciente, que paralisaria meu trabalho por completo. Me apaixonei pela acupuntura e seus efeitos, mas me decepcionei quando meu médico disse que teria que fazer medicina para trabalhar com isso. A perspectiva de "me formar" no cursinho primeiro e depois encarar uma faculdade interminável para na melhor das hipóteses começar a ter retorno do investimento em 10 anos já cortou meu barato logo de cara. Mas foi esse médico que me indicou o curso de naturopatia, que abrange massagem, reflexologia, auricurologia, acupuntura, florais de Bach... Trabalharia com terapias alternativas e prevenção. O problema é que, como no jornalismo, não me aprofundaria em nada. E nesse caso há dois cursos: um impagável e outro que dá para encarar... Só preciso descobrir se o que não é uma facada, é um curso cobaia ou do tipo talibã...
A última possibilidade que me deixa nessa indecisão é dar um tiro de misericórdia no jornalismo e fazer mestrado em comunicação comunitária, partindo para a carreira acadêmica. Já dei aula de inglês, de incentivo à leitura e ainda dou voluntariamente de redação. Amo dar aula! O que queria mesmo era fazer educação artística e rolar no chão com a criançada. Mas comparando os salários dos professores e dos jornalistas, sou obrigada a ficar do lado de cá. Já fiz entrevistas em duas faculdades, que se interessaram pela minha experiência mas reclamaram que o MEC engessou as faculdades de comunicação exigindo mestrado ou doutorado. E os melhores professores que tive não passavam nem perto de serem mestres ou doutores. Mas enfim, se conseguir fazer minha tese sobre a Rádio Heliópolis (o Super Pé tem razão: devia ser antropóloga/ socióloga - adoro entrar em contato e entender mais sobre a pobreza)... Isso sim seria a glória! A pedra no caminho é que se for me tornar mestre em faculdades/ universidades particulares vou à falência. Não dá para viver de bolsa de estudos depois que a gente casa e uma avalanche de contas toma o poder do nosso saldo bancário. Poderia fazer na USP mas dizem que só tem em horário de desocupado: à tarde, de manhã... E como na última vez em que pedi flexibilidade de horário para fazer uma pós de graça nas manhãs nessa universidade pública me mandaram embora, imagine o trauma em pedir para estudar no horário comercial que tenho agora... Viro atriz de vez, terapeuta natural ou mestre em comunicação? Infelizmente desconfio que a decisão acabará sendo tomada quando avaliar o que caberá no meu bolso... É como digo: quem pode mais sempre se F menos!

2 Comments:

Blogger Carol Mendonça said...

Oi ... qto fase doida a gente passou junto na adolescência e pensava que sei lá, ser adulto seria chato, mas as coisas já estariam em ordem. Bom é saber, que não estamos só, nesta vida louca, tb estou na fase "caso ou compro uma bicicleta", rs, ontem o Bru mesmo falou, que foi, voltou, mas ainda está perdido. Não tá fácil pra ninguém, mas concordo com o Dri, é melhor se concentrar nas partes boas, mas sem deixar de lutar pra mudar as partes ruins.
Bj!

9:58 AM

 
Blogger Carlos Santos said...

Não sei quem vc é. Mas tenho certeza que se vc passar a ler a bíblia com oração, vais se encontrar. Jesus disse: Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

1:00 PM

 

Postar um comentário

<< Home