Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

quarta-feira, julho 06, 2005

Reiventar a vida com borboletas

Perguntei ao meu namorido se ele acha que a vida não tem sentido ou se nunca parou para pensar nisso e invejei quando ele confessou que não pára para refletir sobre a parte negativa da coisa, só se concentra na positiva. Ando numa fase intermediária entre achar que a vida não tem pé e nem cabeça - não pode ser que seja mesmo só obrigações, necessidades e sobrevivência e de vez em quando encontrar o que há de positivo nisso tudo.
Quando percebo que minhas vidas profissional e amorosa não são o que sonhei, concordo com os budistas: ela é sofrimento. Pô, nem o Lula é o que esperava! Tudo isso é mais difícil do que bom! Será possível que quando vejo as pessoas falarem ou escreverem que são apaixonadas pela vida seja a mesma vidinha no piloto automático, do tipo linha de produção, praticamente feita em forminhas pré definidas com que me deparo todo dia? Essa rotina de resolver problemas e de vez em quando ter momentos de respiro bons?
Ok, ok. Admito que minha relação com o cachorro, com o budismo, o trabalho voluntário e alguns amigos me saem "melhor que a encomenda" sempre. Mas tenho uma tendência, não sei se depressiva ou niilista, de achar que tudo na maior parte do tempo não tem sentido.
Acho que o grande problema é que já fui poeta. E para quem já se viciou em estrofes e no lado subjetivo da coisa, a maior parte da vida é tão pouco, tão mecânica, tão broxante... Calma gente, tenho quase certeza que quando voltar a fazer exercícios para manter a ansiedade sob controle e principalmente ao teatro, essa sensação "so boring" deve ir embora.
"Não aguento mais ser uma pessoa que aperta botões, acorda cedo, compra pão às seis da tarde... Perdoai. Mas desejo ser outros. É preciso reinventar o homem com borboletas" Manoel de Barros
I´m sorry, ainda não encontrei minhas borboletas.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

oi fran, é o sal.
estive lendo suas crônicas meio que superficialmente porque estou no museu e sabe como é, né? telefone, gente rondando, chateadndo... ok, vamos ter paciência. Gostei bastante, me identifiquei também. Também quero voltar pro teatro; fiz radio e tv na esperandça de me manter na área, mas meu antigo prof de teatro dizia que às vezes não dinha $ nem pra subir num ônibus...
eu hein, me erra!
Beijos, Sal.

10:15 AM

 

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