Desabafos de uma jornalista, aspirante a atriz, shiatsuterapeuta e professora de yoga...

quinta-feira, julho 13, 2006

Operação de contenção ao aspirante à pança

Devo confessar que odeio o clima das academias médias e grandes. Não suporto aquela música alta, agitadíssima e o professor pedindo para ir mais rápido, como se estivesse fazendo corpo mole, quando na verdade o ar não entra mais em meus pulmôes. Periodicamente entro no site das redes cujas mensalidades são impagáveis por razões que fogem à minha compreensão - devo ter um lado mulherzinha típica que sonha em um dia malhar numa Runner - só por causa da variedade de aulas matutinas ou numa Competition - só pra fazer aula de circo. Mas como áutêntica jornalista, devo admitir que sou uma mulher do povo e amo os pobres e oprimidos. Por exemplo, faço yoga tibetana na Casa Tibetana, em São Caetano. O que pode ser mais adorável que ajudar a manter uma prática que corre o risco de extinção, mas nem mesmo minha profe e seu mestre parecem se importar muito com isso? Nem ao bem estar indescritível que os ásanas, exercícios respiratórios e meditações que recebo ali desperta nos dois algum apego. Quem sabe um dia chego nesse nível... Na semana passada lembrei de Deus e o mundo que amo e enviei mentalmente aquela sensação para um por um. Que lugar abençoado! Dá vobtade de dormir lá! Não me lembro mais como era, mas é aconchegante como útero de mãe. Pilates na bola faço uma academia deste tamanhinho na Aclimação, onde a maior parte dos alunos busca bem estar como eu ou se recupera de lesões com tratamento mais personalizado que nas Companhia Atlética da vida. Comecei ginástica aeróbica no CEU perto de casa - mais povão que se exercitar na beira do rio fedorento, impossível. Amanhã faz uma semana que comecei a Operação de Contenção Ao Meu Aspirante à Pança. Não, não sou gorda. Aliás se fosse, até toleraria a minha barriga promissora. Mas não dá pra ser magra e relevar que estou ficando com barriga de balzaquiana um ano e meio antes de cruzar a fronteira dos 30! Estou tendo uns surtos de vaidade e me estranhando ultimamente. Tenho me esforçado para fazer a famigerada depilação de verilha. Sempre disse que tinha pelos muito finos na perna e que não precisava depilar, mas há poucos dias me peguei olhando para essa região do meu corpo e questionando: "como assim não precisa? Como você tolera esses pelos odiosos?" Por essas e outras comecei caminhadas power no bairro em que moro. Às vezes enfio o pé na jaca, como na segunda, quando um casal de amigos me encontrou - sou distraída demais para perceber quem passa por mim quando me exercito ao ar livre - me chamou e fui obrigada a comer pizza com eles. Mas estamos na quarta e já caminhei três horas neste meio de semana! Ainda namoro a idéia de fazer body balance no SESI São Caetano. Eu amo o clima de clubes, SESIs e Sescs. Graças a eles, se Deus quiser nunca porei os pés numa academia com mensalidades exorbitantes. E provavelmente nessa agenda entupida, quem vai rodar é a ginástica aeróbica, que é o menos atrativo de todos. Ah! Ainda me inscreverei para a oficina de tecido gratuita de Sâo Bernóia. Morar perto do ABC tem suas vantagens. Se conseguirei vaga são outros 500. A parte que me cabe neste latifúndio é tentar, pois ainda sonho em subir e descer daquele tecido encantador, mas quando tentei no ano passado escorregava feio por falta de força. Vamos ver se agora não dou um jeito nessa barriga intolerável!