Encruzilhada Existencial
O que fazer quando o racional acha uma coisa e o sentimental mostra outra? Quando o coração pede uma coisa e o senso ético de verdade outra? Quando o que se sente não é nem só coração e nem só razão, mas aparentemente ainda não se encontrou classificação para isso? Quando o corpo quer se entregar e a alma tenta trazer a ação de volta à lógica? Quando uma revelação aparentemente bombástica não te abala como deveria? Quando você começa a não entender mas respeitar? Quando não se permite mais que entubem culpa e trauma goela abaixo nem de familiares e nem de pessoas queridas? Quando se percebe que aquilo que já foi sensacional e virou um pote até aqui de mágoa não mereceu nem meia dúzia de choradas aliviantes? Quando se quer partir para fazer o que se gosta mas precisa-se ganhar $ por causa das obrigações, necessidades e sobrevivência? Quando se quer praticar o que dá prazer e controla a ansiedade quando já se está no ponto de por em prática o que dá resultado e não aquele cansaço bom? Quando se quer estudar massagem, teatro, yoga e reiki, mas a verba ainda é escassa? Quando se empaca entre aprofundar na religiosidade ou iniciar a jornada pela espiritualidade? Quando se descobre que ama dançar mas se ressente da baixa vibração da noitada? Quando se ama os novos amigos mas não os programas que curtem, só que ainda não está num estágio tão auto suficiente para ler, escrever ou meditar sozinha em casa? Quando se fica com lombriga para fazer tudo que é retiro, vivência e meditação mas não se consegue alta dos programas Pau nos Custos e Grana Zero? Talvez chá de alho mate as bichinhas... Quando se depara com o freela fixo que não exige exclusividade mas percebe qua ainda prefere a máxima de Drummond: "mundo, mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração"?